quinta-feira, 29 de abril de 2010

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O Arigó levanta seu 1ºVôo

Taí gente boa, o Arigó bate as asas na internet. Esse sítio foi criado no intuito de servir de ponto de encontro e espaço de trocas sobre a música popular brasileira, em especial desse gênero que nos comove e nos move a nos reunir quinzenalmente: o Choro. Além da divulgação pra rapeize amiga que admira a boa música. Nossos encontros/audições/estudos rolam quinzenalmente aos domingos na feira livre da Vila Santa Cecília. Mais precisamente, ao lado do memorial Getúlio Vargas (ao lado da Biblioteca!!), na cidade do Aço.


Pra iniciar os trabalhos, selecionei uma poesia belíssima do Mestre Paulo César Pinheiro intitulado Roda de Choro.

Roda de Choro - Paulo César Pinheiro

I
O choro é como
Um vestido de roda
Que não segue a moda,
Que a moda não dura.
O seu tecido
É de fino novelo,
Parece um modelo
Da alta-costura.

O cavaquinho
Pesponta por dentro
Alinhava no centro
O bordado da flauta,
E o sete cordas,
Exímio na linha,
Remata a bainha
Da barra da pauta.

Os violões
Vão tecendo a fazenda
Com tramas de renda
Feito um trancelim,
Enquanto o molde
Do choro é cortado
Pelo dedilhado
De um bandolim.


II
O alto-relevo
Suave do pano
Quem faz é o piano
Com a ponta do fio,
E o acordeom
Recorta a silhueta
Quando a clarineta
Desenha o feitio

Trombone chega
Trazendo os enfeites,
Botões e colchetes
E uma pala nova
Depois o sax
Ajeita o bordado
E ajusta do lado
Pra última prova.

É o pandeiro
Que dá o caimento,
Faz o acabamento
Com fecho de ouro
E não tem moda
Que faça um vestido
De fino tecido
Mais lindo que o choro.